Menino que teve a boca queimada com ovo quente pela avó é irmão de criança desaparecida
Maria Clara desapareceu em 2021, quando saiu de casa para brincar no bairro Vergel do Lago
O menino de 10 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que teve a boca queimada com um ovo quente pela avó e seu marido, é irmão da pequena Maria Clara, que está desaparecida desde 2021, caso de grande repercussão no estado. A criança, que tinha cinco anos à época, desapareceu quando saiu de casa para brincar no bairro Vergel do Lago, em Maceió. A confirmação do parentesco foi feita pelo Conselho Tutelar da Região II.
Quanto à criança de 10 anos, ela está internada no Hospital Geral do Estado (HGE). Seu estado de saúde é estável, apesar das queimaduras na boca, e não há previsão de alta.
A avó materna teria aberto a boca da criança, e o companheiro dela teria colocado o ovo quente. A informação da ocorrência foi confirmada pelo conselheiro da região, Tércio Davi. O caso foi registrado no sábado (23), mas a suspeita, juntamente com seu companheiro, foi presa na segunda-feira (25), no bairro do Trapiche.
"Fizeram essa crueldade alegando que a criança presenciou cenas de cunho sexual com o sogro da avó e comentou com algumas pessoas. Como forma de castigo, realizaram esse crime", disse o conselheiro.
A criança foi localizada no bairro do Vergel, após denúncia anônima da população. O menino estava na casa da mãe.
Conforme Tércio Davi, a criança residia com a avó materna e o companheiro dela na comunidade da Muvuca, no bairro do Trapiche, onde estavam escondidos, mas acabaram sendo capturados. Após alta do HGE, o menino será levado para um abrigo.
A conselheira Valmenia Santos, que também acompanha o caso, informou que a criança sofria maus-tratos quando morava com a mãe e era vítima de agressões por parte do padrasto. Por isso, foi morar com a avó.
Além do menino, uma prima dele está em um abrigo por também sofrer maus-tratos da família. "Já fazia mais de dias que essa criança não era higienizada, uma tristeza, uma negligência total", disse a conselheira.
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