Políticos bolsonaristas de AL se ''calam'' sobre plano golpista e ataque ao STF
Parlamentares permanecem em silêncio sobre conspiração para assassinatos e atentado político
Parlamentares e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Alagoas mantêm-se em silêncio diante das recentes revelações sobre um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A omissão segue o padrão observado após o ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido em 13 de novembro.
A trama, desvendada pela Polícia Federal, envolvia militares, um policial federal e o general reformado Mário Fernandes, ex-assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ). O plano, documentado no texto intitulado "Planejamento - Punhal Verde e Amarelo", foi elaborado dentro do Palácio do Planalto e previa a execução de um golpe de Estado em 15 de dezembro de 2022.
O esquema detalhava recursos humanos e bélicos necessários e incluía a criação de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise" para lidar com os conflitos institucionais decorrentes do golpe.
Figuras públicas bolsonaristas de Alagoas, como os deputados Alfredo Gaspar de Mendonça e Delegado Fábio Costa, além do vereador Leonardo Dias e do deputado estadual Cabo Bebeto, têm evitado declarações sobre o plano golpista e o atentado ao STF. Nas redes sociais, internautas apontam que o silêncio seria uma estratégia para aguardar orientações e alinhar narrativas com a base de apoio de Bolsonaro.
O ataque ao STF foi realizado por Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina. Ele detonou explosivos na Praça dos Três Poderes, próximo ao STF, e, segundo relatos de familiares, teria se radicalizado politicamente. Wanderley chegou a visitar a Câmara dos Deputados horas antes do atentado.
Com Jornal Extra.
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