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Lula faz ofensiva internacional e publica artigo contra tarifas de Trump em nove países

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um artigo em tom contrário ao excesso de tarifas comerciais entre os países um dia após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar o Brasil em 50%. O texto foi publicado em nove países.

“A lei do mais forte também ameaça o sistema multilateral de comércio. Tarifas abrangentes corrompem as cadeias de valor e empurram a economia global para uma espiral de preços altos e estagnação”, diz o texto assinado pelo presidente, publicado em inglês.

Sem mencionar Trump e o aumento da sobretaxa aos produtos brasileiros, o texto também cita um esvaziamento da OMC (Organização Mundial do Comércio) e diz que “ninguém se lembra da Rodada de Doha” (ciclo de negociações comerciais que ficam sob controle da organização).

Nesta quinta-feira (10), em entrevista à Rede Record, Lula também citou a OMC e a possibilidade de recorrer à organização contra as sobretaxas americanas. Uma ação do tipo, porém, teria efeito apenas simbólico, uma vez que a organização internacional está há anos paralisada por um boicote liderado pelos EUA.

O artigo foi publicado em veículos de China, Argentina, Inglaterra, Japão, Itália, Espanha, Alemanha, França e México.

Lula também voltou a criticar as omissões dos países diante das guerras, em uma nova menção ao conflito na Faixa de Gaza.

“A falha em agir frente a frente ao genocídio em Gaza representa uma negação aos valores mais básicos da humanidade. A incapacidade de superar diferenças está preenchendo uma nova escala de violência no Oriente Médio, cujo último capítulo inclui os ataques ao Irã.”

“Em tempos de crescente polarização, termos como ‘desglobalização’ se tornaram lugar-comum. Mas é impossível ‘desplanetizar’ nossa existência compartilhada. Nenhum muro é alto o suficiente para preservar ilhas de paz e prosperidade rodeadas por violência e miséria.”

O artigo termina com novo apelo ao multilateralismo e afirma que faltam lideranças coletivas na esfera internacional.

“Se organizações internacionais parecem ineficientes, é porque a estrutura delas não reflete mais a realidade atual. Ações unilaterais e excludentes são pioradas pela ausência de liderança coletiva. A solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas reconstruí-lo em fundações mais inclusivas e justas”, escreveu ainda.

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Com NoticiasaoMinuto

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