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Cinco arcebispos brasileiros recebem o pálio das mãos do Papa Leão XIV no Vaticano

A tradição da imposição do pálio tem raízes no cristianismo primitivo. A primeira concessão registrada foi feita em 513
Papa Leão XIV durante a imposição do pálio (Foto: Vatican Media)

Neste domingo, 29, durante a Solenidade de São Pedro e São Paulo, uma das mais significativas do calendário litúrgico da Igreja Católica, o papa Leão XIV presidiu, na Basílica de São Pedro, a tradicional celebração de imposição do pálio aos arcebispos metropolitanos nomeados ao longo do último ano. Ao todo, 54 arcebispos de diferentes países receberam o paramento, símbolo da comunhão com o sucessor de Pedro e da missão pastoral confiada a cada um deles.

Durante a celebração, os novos arcebispos proferiram o tradicional juramento de fidelidade: “Serei sempre fiel e obediente ao Bem-aventurado Apóstolo Pedro, à Santa e Apostólica Igreja de Roma, a ti, Sumo Pontífice, e a teus legítimos sucessores. Assim me ajude Deus Onipotente.”

Cinco brasileiros entre os arcebispos que receberam o pálio

O Brasil esteve representado por cinco arcebispos recentemente nomeados, que agora passam a ostentar formalmente o pálio como sinal de sua função eclesial em comunhão com o papa:

  • Dom Ângelo Ademir Mezzari, r.c.i., arcebispo de Vitória (ES)
  • Dom Odelir José Magri, m.c.c.j., arcebispo de Chapecó (SC)
  • Dom Francisco Carlos Bach, arcebispo de Joinville (SC)
  • Dom Vítor Agnaldo de Menezes, arcebispo de Vitória da Conquista (BA)
  • Dom Antônio Emídio Vilar, s.d.b., arcebispo de São José do Rio Preto (SP)

A presença dos brasileiros na cerimônia reflete a vitalidade da Igreja no país e sua inserção na vida eclesial global.

O que é o pálio? Um símbolo de comunhão e missão

pálio (do latim pallium, “manto”) é uma faixa de lã branca colocada sobre os ombros, com duas abas pendentes e seis cruzes negras. Representa o pastor que carrega a ovelha nos ombros, sinal da responsabilidade do arcebispo sobre sua província e da comunhão com a Santa Sé. Também indica a autoridade canônica do arcebispo metropolitano sobre as dioceses de sua região e sua fidelidade ao papa.

A tradição da imposição do pálio tem raízes no cristianismo primitivo. A primeira concessão registrada foi feita em 513, pelo papa Simmaco a São Cesário de Arles. Desde o século IX, o pálio ganhou o formato atual e tornou-se exclusivo dos arcebispos metropolitanos. Sua estética e simbologia foram retomadas por diversos papas ao longo da história, como João Paulo II no Jubileu de 2000 e Bento XVI, que resgatou temporariamente um modelo mais antigo.

Um rito que expressa unidade e missão na Igreja

A entrega do pálio, sempre realizada na festa dos apóstolos Pedro e Paulo, reforça a dimensão apostólica do episcopado católico e a fidelidade à Igreja de Roma. O gesto do papa, ao impor o pálio sobre os ombros dos arcebispos, é uma expressão visível da unidade eclesial e da missão compartilhada.

Em tempos de desafios pastorais e culturais para a Igreja, o simbolismo do pálio reafirma o compromisso dos arcebispos com a evangelização e a comunhão eclesial.

Fonte: Informaalagoas

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