Um adolescente de 14 anos foi brutalmente assassinado com uma espada samurai nas ruas de Londres (Inglaterra) por um brasileiro em meio a um “surto psicótico motivado por cannabis”. Marcus Arduini Monzo, de 37 anos, foi condenado por homicídio nesta quarta-feira (25).
Daniel Anjorin, de 14 anos, foi assassinado enquanto caminhava para a escola, atacado por Monzo pelas costas, que praticamente o decapitou com uma espada de lâmina de 60cm.
Antes disso, o brasileiro já havia atropelado propositalmente um pedestre, Donato Iwule, com uma van, e em seguida o golpeado no pescoço. Em sua fuga, também feriu policiais e invadiu uma casa, onde atacou um casal que dormia com a filha pequena no quarto ao lado. Assista a um trecho da perseguição:
De acordo com o jornal “The Independent”, durante o julgamento, Monzo afirmou sofrer de distúrbios psiquiátricos e alegou ter múltiplas personalidades, incluindo a de um “assassino profissional”. Disse que acreditava estar em um cenário semelhante ao do filme “Jogos Vorazes” e afirmou ter recebido “mensagens” que indicavam o fim do mundo.
Entre os detalhes mais perturbadores, está o relato de que, horas antes do ataque, o réu tinha esfolado e desossado seu próprio gato. Segundo ele, o animal estaria sendo manipulado por “forças negativas” e, ao matá-lo, teria ouvido uma instrução de que precisava comê-lo para recuperar sua “energia”. Ele desistiu no meio do preparo, colocou o corpo no carro e saiu armado.
Quem é Marcus Arduini Monzo?
Natural do Brasil e também cidadão espanhol, Monzo mudou-se para o Reino Unido em 2013. Desde então, adotou um estilo de vida alternativo, com uso frequente de maconha e substâncias alucinógenas, como ayahuasca e cogumelos mágicos. Após uma lesão em luta de MMA, mergulhou em práticas espiritualistas e místicas, passando por retiros na Índia e no Brasil, além de participar de encontros “respiratorianos” na Europa — movimentos cujos adeptos acreditam poder sobreviver sem comer ou beber.
Monzo também revelou ter começado a beber sua própria urina e usá-la para lavar os cabelos e o rosto. O estilo de vida causou o rompimento com a família, e ele passou a viver sozinho em Newham, no leste de Londres (Inglaterra).
Segundo uma reportagem do jornal “The Telegraph”, Monzo era adepto de teorias conspiratórias, terraplanista, antivacina, simpatizante da extrema-direita e frequentador de fóruns de incels (celibatários involuntários). Em suas redes, curtia postagens que exaltavam Adolf Hitler, divulgavam teorias antissemitas e promoviam ódio contra mulheres.
Mesmo com a alegação de insanidade, o júri considerou que Monzo tinha consciência dos seus atos e o declarou culpado por uma série de crimes. Ele será sentenciado nos próximos dias.
Para a família de Daniel, nenhuma condenação é capaz de reparar a dor da perda. “Daniel saiu de casa para ir à escola e nunca mais voltou. Perdemos o filho mais amado e incrível”, disseram os pais em um tributo escrito no ano passado.
Entre as acusações que Monzo foi considerado culpado, estão homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal grave, roubo qualificado com invasão de domicílio e porte de arma branca.
Fonte: TNH1