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Câmara amplia uso do Fundo Social do pré-sal e acelera leilão de petróleo

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Plenário da Câmara dos Deputados  • Reuters/Adriano Machado

O plenário da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (25), medida provisória que prevê mudanças no Fundo Social do pré-sal. A proposta viabiliza acelerar um leilão de petróleo e permite o uso de recursos do Fundo no enfrentamento de calamidades públicas e programas de habitação. A proposta ainda precisa passar pelo Senado.

Como a CNN mostrou, após negociações entre Executivo e o Congresso, o parecer final incluiu autorização para o governo levar adiante o leilão de petróleo em áreas adjacentes aos campos já em produção no pré-sal. Com o aval para levar adiante o leilão, a equipe econômica estima arrecadação de cerca de R$ 15 bilhões.

O texto, no entanto, não trata da inclusão da tarifa social da energia elétrica – possibilidade que foi cogitada pelo governo, mas não teve consenso e, por isso, foi descartada.

A MP permite novos usos das receitas (royalties) da exploração de petróleo. O Fundo foi criado em dezembro de 2010, pela Lei do Pré-Sal, para direcionar recursos ao desenvolvimento social e regional, por meio de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento.

O uso do Fundo para mitigação e adaptação às mudanças climáticas já estava previsto em lei. A MP acrescentou a possibilidade de utilização no “enfrentamento das consequências sociais e econômicas de calamidades públicas” e para bancar iniciativas de infraestrutura social e habitação de interesse social.

“Estão garantidos R$15 bilhões em incrementos ao Programa Minha Casa e com um diferencial na aplicação dos recursos, em que estamos estabelecendo um passo importante do Congresso Nacional na redução das desigualdades regionais: estamos indicando 30% desses recursos a serem aplicados no Nordeste Brasileiro, 15% no Norte do país e 10% no Centro-Oeste do Brasil”, detalhou o relator.

Pela legislação atual, os recursos do fundo só podem ser direcionados para programas nas áreas de educação, cultura, esporte, saúde pública, ciência e tecnologia, meio ambiente e adaptação às mudanças climáticas.

A medida também determina novas competências ao CDFS (Conselho Deliberativo do Fundo Social) e estabelece regras de transparência, como a publicação do plano anual de aplicação e o relatório anual do Fundo Social com “informações sobre todas as fontes a ele vinculadas e a sua execução orçamentária e financeira”.

O relatório aprovado também eleva de 50% para 55% o percentual de vinculação dos recursos do Fundo Social para as áreas de educação e saúde.

A MP autoriza ainda a contratação de instituição financeira oficial da União para gerir os recursos do Fundo Social. De acordo com o governo, as mudanças previstas na MP miram dar “efetividade à governança” do Fundo.

Mudanças

Além da viabilidade para o leilão de petróleo, o relator também acatou emendas de congressistas. Entre as mudanças está a permissão para que os recursos do Fundo Social também possam ser aplicados em projetos de desenvolvimento da infraestrutura hídrica, da segurança alimentar e nutricional, e da defesa dos direitos e dos interesses dos povos indígenas.

Também foi incluída a possibilidade de os recursos serem utilizados na gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Fonte: CNN Brasil

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