O julgamento estava suspenso desde março, depois de um pedido de vista feito pelo ministro Nunes Marques.

Zambelli responde por um episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando foi flagrada perseguindo o jornalista Luan Araújo com uma arma em punho, durante um ato político em São Paulo.

A parlamentar afirma que foi ameaçada e nega as acusações.

Até o momento, os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram com o relator do processo, cujos detalhes não foram divulgados publicamente.

Já existe maioria para impor pena de cinco anos e três meses em regime semiaberto, além da cassação do mandato da parlamentar.

Paralelamente, Zambelli enfrenta outra condenação no STF: em maio, foi sentenciada a 10 anos de prisão pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023.

Após a decisão, ela deixou o Brasil e se refugiou na Itália, onde possui cidadania.

A parlamentar foi presa em Roma no dia 29 de julho, após pedido de captura internacional. Desde então, a Justiça italiana decidiu mantê-la detida.

O pedido de extradição feito pelo governo brasileiro ainda está em análise pelas autoridades italianas, sem prazo para conclusão.