Uma denúncia envolvendo um major do 14° Batalhão da Polícia Militar de Imperatriz, no Maranhão, é investigada pelo Ministério Público local. Segundo fontes ligadas ao caso, o oficial da corporação teria sido flagrado utilizando uma viatura oficial da unidade para um encontro pessoal, com outra policial, em um motel da cidade.
O major estava acompanhado de uma policial militar que, segundo as apurações das autoridades locais, é casada com um policial civil. A situação gerou forte repercussão, já que o veículo — que deveria estar em serviço, dedicado à segurança da população — foi utilizado para fins particulares.
O flagrante aconteceu após um ex-proprietário do veículo, ao reconhecer a viatura na entrada do motel, estranhar a presença do carro no local e decidir segui-lo. Pouco depois, ele teria presenciado os dois militares deixando o estabelecimento, confirmando a suspeita de uso indevido do veículo.
Caso delicado
A viatura, que foi cedida ao batalhão pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), torna o caso ainda mais delicado, por envolver recursos públicos destinados a ações de segurança e combate ao crime.
O episódio levantou críticas sobre o desvio de finalidade de bens públicos e a conduta de alguns agentes, que, em vez de exercerem suas funções de proteção e patrulhamento, estariam utilizando a estrutura do Estado para interesses pessoais.
O Ministério Público do Maranhão instaurou procedimento para apurar o caso. “Com ordem judicial, o caso foi entregue ao Sistema de Segurança Pública, no caso específico pra PM. Com certeza tudo será devidamente apurado por quem de direito e provado os fatos noticiados devidamente responsabilizado quem porventura tenha cometido alguma ilegalidade”, afirmou o promotor de justiça do Gaeco, Luiz Muniz Rocha Filho.
Após a repercussão do caso, a Polícia Militar informou ao g1 que instaurou procedimento administrativo para apuração da conduta profissional do policial que estaria usando a viatura. Também foi realizada a mudança no comando do 14º Batalhão da Polícia Militar.
Fonte: Metropoles
